Identificar as principais potencialidades, limitações e desafios para o desenvolvimento também fez parte da proposta do evento. Inicialmente, foi apresentada a avaliação aproximada dos projetos do Plano Regional a ser atualizado. Conforme o coordenador do trabalho de atualização, professor Rogério Silveira, alguns dos projetos elencados foram plenamente alcançados, mas outros, por vários fatores, não tiveram êxito ou foram pouco executados. E alguns sequer saíram do papel.
O projeto de constituição de uma agência de desenvolvimento rural, por exemplo, está entre os não realizados. Já o de implantação do Polo Regional de Bioenergia foi plenamente alcançado. No entanto, Silveira diz que a avaliação geral é de que o plano teve um bom desempenho. Após essa apresentação, o assunto foi o diagnóstico regional, exposto pelos grupos de trabalho que nele aturam.
As atividades da manhã fora finalizadas com um debate e análise situacional. Divididos em três grupos, à tarde os participantes elaboraram a proposta de FOFA (fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças). Os trabalhos desse seminário foram concluídos com a apresentação e compatibilização dessas propostas.
DIAGNÓSTICO DEVE PRECEDER OS PROJETOS
O coordenador do trabalho de atualização, professor Rogério Silveira, explica que a construção ou atualização de um plano regional é constituída de três etapas, todas elas importantes. A primeira é fazer um diagnóstico junto com a população e segmentos representativos e validá-lo, para que sirva de base à segunda etapa: a definição dos projetos prioritários, aqueles cuja implementação a região entende ser necessária nos próximos dez anos.
Por fim, a terceira etapa é a governança do plano – como esse planejamento vai ser implementado e gerenciado. Esse mesmo trabalho realizado com a microrregião Baixe Vale do Rio Pardo também ocorreu no último dia 31, em Sobradinho, reunindo a microrregião Centro-Serra. Nas próximas semanas, serão feitas a sistematização e compatibilização das duas FOFAS microrregionais em uma única, a regional.. O diagnóstico regional e a matriz FOFA devem ser entregues para o governo do Estado até 15 de julho.
Em setembro deverá ser entregue a carteira de projetos e em dezembro, o plano final. Silveira relata que o governo do Estado tem afirmado que, depois disso, a partir de 2017, a Consulta Popular vai, necessariamente, levar em conta os projetos e os planos regionais.
MATRIZ FOFA
Algumas das variáveis apontadas pelos grupos de trabalho do seminário com a microrregional Baixo Vale do Rio Pardo para proposta de FOFA regional:
Fortalezas: Localização geográfica da região.
Estrutura fundiária.
Agricultura familiar.
Diversidade cultural e étnica
Oportunidades: Logística
Diversificação da produção agrícola.
Universidades da região e o Parque Tecnológico da Unisc.
Fraquezas: A questão da infraestrutura das escolas, principalmente estaduais.
Impacto ambiental das atividades produtoras em partes da região.
Cultura do individualismo.
Ameaças: Mudanças climáticas.
Atual política tributária brasileira..
A questão da Convenção-Quadro do Controle do Tabaco.
Diminuição do hábito de fumar. (Fonte: Carmem Ziebell, Gazeta do Sul, 15/06/16)