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A última assembleia do ano realizada pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) foi realizada hoje (15) e marcada por decisões conjuntas. Dentre elas, está que não haverá turno único nos municípios que integram o grupo, e também que o teto mínimo de reajuste no salário dos servidores será de 6%. As duas demandas, entretanto, contam com variáveis, já que três cidades não mandaram representantes na reunião, por isso não há uma posição oficial ainda sobre o turno único.
“O contribuinte paga por um serviço, e decidimos não fazer turno único em respeito ao munícipes. Sabemos que isso ocasiona uma certa economia, mas a comunidade não concorda, sem contar a despesa que dá com horas extras”, comentou o presidente da Amvarp e prefeito de Encruzilhada do Sul, Benito Paschoal, enfatizando ainda que servidores da Saúde e Educação, por exemplo, não costumam fazer turno único em qualquer cenário.
Também na assembleia, foi confirmado que o município de Minas do Leão, na Região Carbonífera, que faz divisa com Rio Pardo, Pantano Grande e Vale Verde, passará a integrar a Amvarp. A prefeita Silvia Lasek, que participou da reunião, já havia oficializado no ano passado a integração de Minas do Leão ao Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale).
Foco nas rodovias em 2023
As rodovias também foram tema de debate na assembleia da Amvarp. Os prefeitos sinalizaram propor ao futuro Ministério da Infraestrutura e ao governo do Estado eleito uma solução para a duplicação da BR-290. Sobre a RSC-287, o prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker, salientou a importância de uma ação conjunta dos municípios lindeiros da rodovia para desenrolar trâmites burocráticos que produtores vão ter para regularizar seus terrenos durante a futura duplicação.
Ainda, o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, agradeceu o apoio que os demais líderes municipais prestaram diante do desastroso temporal que aconteceu no último dia 2, que provocou estragos e deixou uma pessoa morta. “Foram R$ 13 milhões em perdas na agricultura e prédios público e privados, mas aos poucos estamos conseguindo nos recuperar”, frisou.
Benito tece críticas ao Censo
Na avaliação do presidente da Amvarp e prefeito de Encruzilhada do Sul, Benito Paschoal, a organização do Censo 2022, promovido pelo IBGE, deixou a desejar. Segundo ele, foram inúmeros os relatos de moradores que afirmaram não terem sido entrevistados pelos recenseadores. O fato gera um problema orçamentário no município.
“Nossa população caiu de uma estimativa de 26 para 21 mil habitantes. Tivemos dois secretários que disseram que não passaram na casa deles para lhes entrevistar, assim como outras tantas pessoas que trabalham até tarde nas lavouras e disseram que não foram entrevistadas. Pretendo judicializar em tribunais superiores esse fato, porque não foi bem feito”, disse Benito.
O prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva, afirmou que passou pelo mesmo problema e que estava fazendo reuniões com alguns responsáveis para entender a dinâmica do trabalho. Dentre as causas possíveis citadas por Silva, está a prestação de serviço para pessoas em divisas do município que, no Censo, contaram para a população de outro.
Representando o prefeito Nestor Ellwanger, o Rim, o secretário da Indústria e Comércio de Candelária, Flávio Karnopp, disse que o Município enviou questionários para alunos de escolas levarem para casa e em empresas da cidade, para os moradores confirmarem se foram entrevistados, a fim de identificar possíveis faltas na pesquisa dos recenseadores. Na próxima terça-feira, uma reunião foi agendada pelo prefeito Mano Paganotto, de Pantano Grande, com organizadores da pesquisa, para tratar sobre o assunto.
Divulgação: Amvarp