O Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) e a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) irão definir as prioridades de execução de obras entre as demandas reprimidas das Consultas Populares dos últimos anos de acordo com as necessidades mais urgentes. A presidente do Corede/VRP, Mariza Christoff, afirma que na próxima assembléia do órgão, até o final deste mês, pretende verificar com a CRE a relação das escolas contempladas com demandas e conferir o que efetivamente já foi pago nos últimos anos na área da educação e as pendências ainda existentes. As tratativas ocorreram na tarde de ontem durante audiência da comitiva da região com o secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha, em Porto Alegre. De Encruzilhada do Sul participaram do encontro a presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento e secretária de Indústria e Comércio, Maria da Glória Oliveira Tuhtenhagen Lopes e a diretoria do Instituto Estadual de Educação Gomercinda Dornelles Fontoura e secretária do Comude, Vanessa Dias de Oliveira.
O encontro liderado pelo Corede teve por objetivo buscar a liberação de recursos para atender a demandas reprimidas na área da educação das Consultas Populares, estimadas em cerca de R$ 9 milhões. O grupo expôs a situação das escolas da rede publica estadual da região relativa as demandas aprovadas no processo de Participação Popular (Consulta Popular). Mariza afirma que já previa dificuldades em obter a liberação dos recursos diante da atual situação do Estado. Mas durante a audiência com o secretário, a comitiva obteve orientação mais segura sobre a forma de resgatar os projetos. As escolas com projetos definidos como prioridades devem procurar a 6° CRE para colocarem de novo as propostas para apreciação.
Nas demandas com recursos já depositados, mas nas quais os municípios solicitaram mudança de objeto, o secretário informou que a execução dos serviços deve ser viabilizada imediatamente. Vieira da Cunha ficou com a relação das escolas e a viabilização das obras agora está mais próxima de uma solução. Já em relação as outras prioridades eleitas nas Consultas Populares, Mariza afirma que haverá a necessidade de resgatar as propostas junto com a CRE e a verificação das pendências. Em oficio entregue para o secretário Vieira da Cunha, o Corede informa que por diversas vezes houve a solicitação ao coordenador da 6° Coordenadoria de Educação no governo anterior sobre a execução das demandas, sem obter qualquer informação, “A sensação que dá é que nem eles mesmos sabiam”, explica a presidente do Corede.
Todos os projetos da área da educação antes da execução precisavam ser remetidos à Secretaria de Obras do Estado para receber o aval e isso muitas vezes dificultou o acompanhamento do processo. Além disso, conforme Mariza Christoff, algumas escolas tem problemas com documentação que inviabilizam o repasse dos recursos. A presidente do Corede observa que os colégios que não possuem a escritura dos terrenos em seu nome estão impedidos de obter as verbas do governo do Estado e essa questão precisa ser sanada logo para viabilizar o resgate das demandas eleitas nas Consultas Populares. (Fonte: Otto Tesche, Gazeta do Sul, 09/09/15)